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Tanzânia declara surto após registrar cinco mortes pelo letal vírus de Marburg

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África, esta é a primeira vez que o país registra a doença Morcegos que vivem no cont...

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África, esta é a primeira vez que o país registra a doença


Morcegos que vivem no continente são reservatórios naturais do vírus de Marburg

Morcegos que vivem no continente são reservatórios naturais do vírus de Marburg

PIXABAY

A Tanzânia declarou um surto de DVM (doença do vírus de Marburg), na terça-feira (21), após oito pessoas serem infectadas, das quais cinco morreram (letalidade de 63%). Os casos foram registrados no distrito de Bukoba, na região de Kagera, noroeste do país.

Agora, já são três países africanos a notificarem casos de Marburg em menos de um ano.

Em comunicado o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) da África, afirmou que esta é a primeira vez que o país tem casos de pessoas infectadas pelo vírus de Marburg.

Em fevereiro, a Guiné Equatorial também teve um surto, com ao menos 13 mortes registradas.

Também na África, Gana teve em julho do ano passado os primeiros dois pacientes infectados pelo Marburg – ambos morreram.

Autoridades sanitárias do continente trabalham em conjunto com o governo da Tanzânia para "entender o contexto transfronteiriço do surto", afirmou o CDC em nota.

O governo de Uganda, país que já viveu um surto de Marburg em 2017, com quatro casos, dos quais três evoluíram para óbito, ordenou monitoramento e testagem em sua fronteira sul, uma vez que a localidade afetada na Tanzânia fica a 80 km da cidade fronteiriça de Mutukula.

A doença causada pelo vírus de Marburg – um "primo" do Ebola – é uma febre hemorrágica, com uma taxa de letalidade que pode chegar próxima a 90%, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

"A transmissão entre humanos ocorre através do contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas ou contato com equipamentos e outros materiais contaminados com sangue ou tecidos infecciosos, fluidos corporais de pessoas infectadas e superfícies ou materiais contaminados", acrescenta o CDC da África.

O reservatório natural do vírus são morcegos que se alimentam de frutas. No entanto, a proximidade de comunidades com áreas de selva pode estar facilitando a disseminação do patógeno, segundo especialistas.

Uma vez que passa dos animais as pessoas, o vírus continua sendo transmitido entre humanos.

Os pacientes costumam apresentar febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar. O quadro evolui rapidamente para hemorragia e falência de múltiplos órgãos.

Não existem no momento vacinas ou remédios disponíveis contra a doença.

Do R7

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