Primeira sinalização foi instalada na Asa Sul, em 1997, e ainda hoje é referência de respeito entre pedestres e condutores “Todo dia eu pass...
Primeira sinalização foi instalada na Asa Sul, em 1997, e ainda hoje é referência de respeito entre pedestres e condutores
“Todo dia eu passo por uma, dou o sinal e sigo em frente, sem colocar minha vida em risco”, afirma a estudante Morena Carvalho da Silva, 37 anos. As faixas de pedestre são símbolos de segurança no trânsito e fazem parte da história do Distrito Federal há 27 anos. A primeira foi instalada em 1º de abril de 1997 e ainda hoje a sinalização é referência de respeito entre pedestres e condutores.
“Aqui, a gente cresce usando a faixa e até estranha quem não usa. Meus amigos que são de outro estado já me contaram que não é assim em todo lugar”, continua Morena. Moradora da Vila Planalto, ela utiliza com frequência a primeira sinalização brasiliense, que fica nas imediações da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, na 307/308 Sul. “Às vezes é só chegar próximo da faixa que os motoristas já param. Acho que isso mostra o respeito que temos pela faixa”, completa.
Atualmente, existem mais de 4,5 mil travessias espalhadas pelas vias urbanas das regiões administrativas. Neste caso, são responsabilidade do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), que cuida da instalação e manutenção. Há ainda as sinalizações situadas em rodovias, que são coordenadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF).
A população pode solicitar novas faixas diretamente aos órgãos, pelos sites, à Ouvidoria – pelo site ou pelo número 162 – ou para as administrações regionais. O pedido deve conter imagens ou croquis com a localização da faixa desejada e os motivos que originaram a solicitação. A demanda é enviada aos setores de engenharia de trânsito de cada um dos órgãos responsáveis.
“Nossos técnicos avaliam as condições da região indicada e verificam se é possível ou não implantar a faixa”, explica o diretor-geral do Detran-DF, Takane Kiyotsuka do Nascimento. “Trabalhamos para que os cidadãos se respeitem no trânsito e, principalmente, respeitem a legislação. A faixa de pedestre é essencial para a segurança de todos e pode salvar vidas”, afirma.
O diretor-geral destaca, ainda, as ações de conscientização: “Promovemos vários programas educativos justamente para massificar o respeito à faixa, nosso maior símbolo de segurança no trânsito, de modo com que os motoristas estejam atentos aos sinais de vida e para que os pedestres sempre usem as travessias.”
O atendente de farmácia Sidnei Igor Silva de Melo, 29, também prioriza o uso da faixa de pedestre. Ele conta que, ao fazer entregas de medicamentos, escolhe caminhos em que não precisará disputar espaço com os carros e motocicletas. “O meu hábito é esse. Eu venho por aqui, porque sei que tem a faixa e que os carros param. Aliás, isso acontece em praticamente todas as faixas”, pontua.
Conscientização
66%
redução de mortes na faixa de pedestre de 2022 para 2023
Neste mês, é celebrado, em âmbito nacional, o Maio Amarelo. Para este ano, o tema escolhido para a campanha foi “Paz no trânsito começa com você”. A programação brasiliense inclui palestras, atividades interativas e espetáculos teatrais. As ações unem esforços da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), das forças de segurança — Detran-DF, Polícia Militar (PMDF), Corpo de Bombeiros (CBMDF) e Polícia Civil (PCDF) – e do DER-DF.
O evento de abertura será nesta quinta-feira (2), das 14h30 às 19h, no estacionamento da Arena BRB Nilson Nelson. Durante o dia serão realizadas exposições de viaturas e equipamentos, além de atividades lúdicas para crianças das escolas de gestão compartilhada.
Segurança
Dados da Gerência de Estatística do Detran-DF comprovam a redução de mortes no trânsito no Distrito Federal. Em 2020, foram registradas três mortes por atropelamentos em faixa de pedestres não semaforizadas. Em 2021, foram seis pedestres mortos e, em 2022, cinco vítimas. Os dados mais recentes são de 2023, com dois atropelamentos fatais, uma redução de 66% em relação ao ano de 2022.
Em comparativo com os atropelamentos em geral, ou seja, fora das travessias, foram 72 acidentes fatais em 2020 e 69 em 2021, uma queda de 4% entre os dois anos. Em 2022, o índice aumentou para 26%, com 91 mortes, enquanto em 2023 estes números reduziram 6,4%, totalizando 85.
Penalidade
Deixar de dar preferência ao pedestre que esteja à espera da travessia na faixa é infração gravíssima, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro. A penalidade é multa no valor de R$ 293,47 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
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